A vida vai nos dando de presente alguns desafios...
E nós vamos aceitando, e com isso, aprendendo e crescendo.
Mas para que tal crescimento aconteça é necessário estudar...
E lá vamos nós, para nossas pesquisas....
Créditos ao Site Pedagogia ao Pé da Letra
Muitas técnicas de educação geral, não são eficazes quando
se tem de aprender a ensinar crianças autistas. Quer você esteja ensinando seu
filho em casa ou trabalhando em um programa de educação individualizada, como
parte de um projeto escolar público ou privado, crianças autistas requerem
considerações especiais.
As pessoas têm basicamente três estilos de aprendizagem. Na
visual, os alunos aprendem através da leitura ou ao assistir a demonstração de
uma habilidade. Na auditiva, os alunos aprendem melhor a partir de palestras,
instruções faladas, ou até mesmo música. Um aluno sinestésico verifica que
movimentar-se o ajuda, e que aprende mais rápido, por exemplo, se imita uma
ação demonstrada em vez de apenas observá-la.
A maioria das pessoas utiliza dois ou três destes estilos de
aprendizagem. Uma determinada pessoa poderá, por exemplo, aprender melhor
visualmente, mas ainda pode aprender eficazmente em aulas de forma auditiva ou
sinestésica. Autistas, no entanto, muitas vezes focalizam apenas um desses
métodos, em certos casos, com a completa exclusão dos outros dois. Uma criança
autista pode ficar nervosa e vagando pela sala de aula durante uma palestra,
porque ela não entende que a palestra é a lição. É importante não apenas identificar
os comportamentos, mas entender as causas deles e empregar técnicas de ensino
bem-sucedidas.
Houve um tempo em que se acreditava que muitas crianças
autistas simplesmente não poderiam aprender. Hoje pesquisas sobre o autismo,
que ganharam respeito, e a experiência escolar revelaram claramente que o
ensino de crianças autistas requer alguma modificação na técnica, e que estes
alunos podem não só aprender, mas normalmente podem aprender em uma classe
regular – bastando em alguns casos ser um ambiente adequado para a aprendizagem
de crianças autistas. Para obter mais informações sobre como educar alunos com
necessidades especiais em classes regulares, veja How To Understand Special
Education Inclusion. (como compreender a educação especial de inclusão).
Aqui estão algumas dicas sobre o ensino de crianças
autistas. Nenhuma dessas regras é fixa, já que cada criança autista responde ao
ambiente de maneira diferente. Isso irá requerer experimentos e observação
cuidadosos para ver qual será mais eficaz.
Determine qual estilo de aprendizagem melhor se adapta à
criança autista, e enfatize esse método de aprendizagem e comunicação. Tomando
o exemplo da criança que está ignorando a palestra, se ela for um aluno visual,
você pode mostrar-lhe a cadeira, ou a imagem de uma cadeira, para ajudá-lo a
compreender que é hora de se sentar. Se ele for um aluno sinestésico, você pode
sentá-lo na cadeira com uma leve pressão sobre seus ombros.
É comum que uma criança autista seja incapaz de processar
múltiplas entradas sensoriais ao mesmo tempo. Por exemplo, pode ser impossível
para ela processar tanto a visual quanto a auditiva simultaneamente. Neste
caso, separe o ensino em “canais” e focalize apenas um sentido de cada vez.
Se a criança tem sensibilidade visual, as luzes
fluorescentes ou CRT do computador podem parecer similares a cintilação de
luzes estroboscópicas. Use iluminação incandescente, ou natural a partir de uma
janela, e laptops ou computador de tela plana.
Se a criança tem sensibilidade auditiva, uma campainha
escolar, o sistema de som, ou mesmo a voz do professor poderão parecer uma
buzina. Abaixar a campainha ou o sistema de som, deixando-os ainda audíveis,
pode ajudar o aluno a permanecer focado. O professor poderá ter de falar mais
baixo, especialmente ao abordar diretamente o aluno. Pode ser possível
dessensibilizar o aluno a um ruído específico, tal como um alarme de incêndio,
dando-lhe uma gravação do barulho para que ele possa tocar a sua vontade. É
importante que a criança mantenha o controle do ruído quando for tocado, para
permitir que a dessensibilização tenha lugar.
Autistas frequentemente têm problemas em generalizar, o que
pode afetar a maneira de eles aprenderem habilidades. Ao ensinar uma criança a
olhar para os dois lados antes de atravessar uma rua, pode ser necessário
mostrar isso a ela em vários locais. Senão, ela pode pensar que precisa apenas
fazer aquilo naquela área particular.
Esta falta de generalização pode estender-se aos objetos
também. Por exemplo, Hilde de Clereq, da Bélgica, teve um caso de um menino que
usava o banheiro em casa, mas não conseguia usar em outro local. Eventualmente ele
percebeu que na casa dele havia um assento preto e o menino não podia conectar
o conceito de “toilet” nos lugares que tinham assento branco. Eles conseguiram
ensinar-lhe a generalizar, colocando fita adesiva preta sobre o assento da
escola, e em seguida, eliminando os pedaços de fita ao longo do tempo.
Eventualmente, ele foi capaz de generalizar “toilet” para incluir lugares
brancos também.
Crianças autistas poderão fixar algo de que gostam, como
trens. Incorpore estas memorizações nas suas aulas, acrescentando histórias de
comboios, problemas matemáticos envolvendo trens, e assim por diante. Isso dará
motivação para aprender.
É comum que um autista tenha problemas em conectar dois
eventos, mesmo se estão muito próximos entre si. Por exemplo, se for ensinar
leitura com cartões flash, use cartões tanto com a palavra escrita, quanto a
imagem do objeto do mesmo lado do cartão. Se eles estão em lados diferentes, a
criança pode não entender que representam a mesma idéia.
Essas dicas apenas tocam a superfície do ensino à crianças
autistas. Se a criança está sendo ensinada em casa, ou numa sala de aula, é
imperativo que você trabalhe com um especialista treinado no ensino de crianças
autistas. O especialista deve ser incluído na preparação do plano de educação da
criança. Depois que boas técnicas de ensino foram descobertas, crianças
autistas têm ido para a faculdade e cursos de graduação. Como pai de um
autista, tenha tempo para saber se o aprendizado de seu filho representa as
melhores perspectivas para a futura educação dele.
Autor:Por: Alfonso Almeida
Fonte: http://pedagogiaaopedaletra.com/como-ensinar-criancas-autistas/